Extinção do Supervisor Administrativo: Será mais um atentado aos direitos dos Servidores da Carreira Assistência à Educação?

O SAE não aceita essa manobra do GDF/SEDF e não concorda com a exoneração dos supervisores administrativos.

Desde já, a categoria está convocada para a luta.

Veja o artigo 1 do Decreto do GDF que extingue o cargo de supervisor administrativo da SEDF

No Diário Oficial do DF do dia 24/01/2012 foi publicado o Decreto N°. 33.502, dispondo sobre a reestruturação administrativa das Unidades Escolares da Secretaria de Educação e em seu artigo 1° estabelece que “ As funções Gratificadas de Supervisor Administrativo e Supervisor Pedagógico da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, Símbolos FGI-01 (diurno) e FGI-02 (noturno), criadas na forma do artigo 24 da Lei 4.036, de 25 de outubro de 2007, passam a denominar-se Supervisor, e sua distribuição nas Unidades Escolares obedecerá a metodologia constante do Anexo deste Decreto”…

A Lei 4.036, de 25/10/2007, foi uma luta e conquista do SAE. Nesta lei está afirmando que os cargos de supervisor administrativo da SEDF devem ser ocupados exclusivamente pelos Servidores da Carreira Assistência à Educação. Em uma canetada só, o governador e o Secretário de Educação querem destruir anos de luta da nossa categoria.

Discriminação e desrespeito

Ao longo de toda a história da nossa categoria, convivemos com a discriminação por parte de governos e direções de escolas. A partir de 1983, com a retomada do SAE para as mãos dos trabalhadores, passamos a lutar contra o descaso, o desrespeito e as humilhações impostas à nossa categoria.

Foi uma grande batalha e conseguimos acabar com o EC sem vínculo por considerá-lo extremamente prejudicial às escolas públicas do DF, afetando a qualidade do ensino. Temos lutado pela valorização profissional e o EC sem vínculo não tem espaço na escola pública que defendemos. Esses cargos comissionados, de caráter administrativo, sempre foram ocupados por professores e novamente a direção do SAE foi à luta e garantiu que os cargos fossem ocupados a quem de direito pertence: os servidores da Carreira Assistência à Educação.

Justamente pelas mãos de um secretário oriundo do movimento sindical, que sempre defendeu a escola pública de qualidade, temos informações que está saindo um Decreto para a volta dos ECs sem vínculo.

Quem ocupará os cargos de supervisor?

Com a publicação do Decreto que cria apenas o cargo de Supervisor, fica, mais uma vez, demonstrado que os quase 800 cargos ocupados por auxiliares de ensino podem ser ocupados apenas por professores, uma vez que foi tirada a distinção entre os dois cargos: administrativo e pedagógico.

A se confirmar essa possibilidade, haverá uma resposta a altura de mais essa discriminação contra a nossa categoria. Não aceitaremos esse retrocesso que nos é imposto com a tal reforma administrativa da SEDF que, até o momento, não mostrou a que veio e não percebemos como ela vai contribuir para melhorar as escolas do DF.

Estamos atentos a qualquer manobra que atente contra os direitos e conquistas dos servidores da Carreira Assistência à Educação.

SAE defende supervisor administrativo em todas as escolas

Ao contrário do GDF, o SAE defende que em todas as escolas tenha um supervisor administrativo, independentemente do número de alunos, lembrando que esses cargos pertencem aos servidores da Carreira Assistência à Educação.

SAE luta pela valorização dos servidores da Carreira Assistência à Educação

Ao longo das últimas décadas, com a luta do SAE e da categoria, trabalhamos incansavelmente pela valorização dos servidores. Para isso, brigamos por cursos técnicos, incentivamos a categoria a estudar, fizemos parcerias com escolas, faculdades e outras instituições de ensino, possibilitando a elevação de escolaridade para a maioria dos servidores, cobramos da EAPE cursos de aperfeiçoamento das carreiras, entre outras ações igualmente importantes.

Com isso, temos o orgulho de afirmar que a nossa categoria é qualificada e está preparada para cumprir suas funções com zelo, compromisso e competência.

No entanto, parece que o GDF quer dar um salto para trás e voltar aos tempos da discriminação. Apesar de apontarem para o Pró Funcionário, que consideramos importante, mas também achamos insuficiente. É só isso que o GDF/SEDF tem para oferecer? É pouco diante das necessidades das escolas. É pouco diante da Escola Pública de Qualidade que defendemos. Ou será que o atual governo, apesar das promessas e compromissos assumidos durante a campanha eleitoral pretende apostar na terceirização das escolas? Aí sim, estará caracterizado um grande retrocesso.

Mas, ainda que esta seja a intenção, terão que enfrentar uma grande reação dos trabalhadores da educação e temos certeza que toda a comunidade escolar estará junta nesta luta.

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