Urgência em concursos para Agentes de Portaria resgata a segurança nas escolas públicas do DF

Em meio à crise de segurança, a falta de agentes de portaria especializados nas escolas públicas do Distrito Federal exige atenção urgente e ação do governo.

A crise de segurança nas escolas públicas do Distrito Federal tem se intensificado devido à escassez de agentes de portaria. Atualmente, muitas das 800 escolas da rede estão operando sem o número necessário de porteiros, uma situação que compromete a segurança e o bem-estar dos estudantes e educadores. Esta deficiência foi destacada em uma recente edição do programa Bom Dia DF da Rede Globo, onde foi revelado que mais da metade das escolas do DF não possui porteiro, uma consequência direta de políticas passadas e de uma falta contínua de substituição adequada dos profissionais aposentados.

A situação se agravou ainda mais com a extinção da carreira de agente de portaria em 2008, uma medida que, segundo educadores, não só reduziu o número desses profissionais essenciais, mas também desvalorizou o papel importante que desempenham dentro do ambiente escolar. Os agentes de portaria são vistos não apenas como funcionários que abrem e fecham portas, mas como educadores que acolhem e protegem as crianças, desempenhando um papel vital na comunidade escolar.

Denivaldo Alves, Secretário Geral do SAE-DF, destacou a importância desses profissionais em sua fala durante o programa: “Estamos trabalhando junto com a Secretaria de Educação para buscar uma solução para este problema crítico através de concursos públicos e realocação de servidores concursados para essa área. É essencial ter profissionais qualificados que conhecem seus alunos pelo nome, algo que o pessoal terceirizado e os administradores escolares, que frequentemente têm que assumir essas funções, não estão preparados para fazer.”

A falta de agentes de portaria não só sobrecarrega os diretores e outros funcionários administrativos com responsabilidades adicionais, mas também expõe as escolas a riscos de segurança significativos. A terceirização dessas funções, embora ofereça uma solução temporária, não substitui a necessidade de agentes de portaria dedicados e familiarizados com a comunidade escolar.

Com apenas 227 porteiros ativos atualmente, comparados a mais de 500 em 2018, e mais de 3.000 vigilantes fazendo esse trabalho de forma inadequada, é claro que a Secretaria de Educação do Distrito Federal deve priorizar e acelerar o processo de realização de concursos públicos para preencher essas lacunas críticas.

O momento ressalta a necessidade urgente de reavaliar e reforçar a segurança nas escolas do DF, garantindo que cada escola tenha pessoal suficiente e apropriadamente treinado para cuidar da segurança dos alunos. A comunidade educacional do Distrito Federal merece um ambiente seguro e acolhedor, onde a educação possa prosperar sem as ameaças trazidas pela inadequada gestão de recursos humanos.

Veja a reportagem da Rede Globo:

 

 

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