SAE PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS MONITORES EDUCACIONAIS

O Sindicato dos Trabalhadores em Políticas Públicas e Gestão Educacional (SAE-DF) participou, na última quinta-feira (12), de audiência pública realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal para discutir as condições de trabalho dos monitores educacionais da rede pública.

A entidade esteve presente representando os interesses da carreira de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE), com atenção especial às demandas dos monitores. Participaram da audiência os diretores Denivaldo Alves, responsável pela área jurídica, Victor Hugo, das relações institucionais, e Sérgio Dionizio, da imprensa.

Durante os debates, profissionais da educação e representantes do sindicato relataram situações recorrentes de sobrecarga e desvio de função envolvendo monitores educacionais. Foram citados casos em que esses servidores são convocados para substituir professores, prestar atendimento a estudantes com deficiência sem a devida formação específica e atuar em contextos com riscos físicos e emocionais, sem suporte técnico ou respaldo institucional adequado.

Também vieram à tona denúncias de assédio moral em unidades escolares do Distrito Federal. Monitores relataram episódios de humilhação, cobranças desproporcionais, constrangimentos públicos e ameaças veladas de retaliação. De acordo com os relatos, há pressão constante para o exercício de atividades fora das atribuições legais do cargo, além da ausência de canais efetivos para lidar com conflitos no ambiente de trabalho.

De acordo com informações apresentadas, o salário inicial de um monitor educacional, com ensino médio completo e carga horária de 30 horas semanais, gira em torno de R$ 2.300. Mesmo servidores com graduação e pós-graduação continuam recebendo valores considerados incompatíveis com as responsabilidades desempenhadas.

Representantes da Secretaria de Educação do DF participaram da audiência e reconheceram a necessidade de reestruturação da carreira. Também foi discutida a previsão de novos concursos públicos e a possibilidade de ampliação voluntária da carga horária para 40 horas semanais. Segundo o SAE-DF, qualquer mudança nesse sentido deve ser acompanhada de garantias legais, valorização salarial e condições adequadas de trabalho.

O sindicato afirmou que continuará acompanhando os desdobramentos da audiência e orienta os servidores da carreira a se manterem mobilizados. Casos de desvio de função, assédio institucional ou outras irregularidades podem ser comunicados diretamente à entidade.

A direção do SAE-DF informou que novas assembleias e espaços de escuta serão promovidos para dar continuidade ao debate com a base.

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