ASSEMBLEIA GERAL OCORRIDA NO DIA 30 DE MARÇO

CORROSÃO INFLACIONÁRIA

Da maneira que vai, Rollemberg quer aniquilar nossa remuneração e número de presenças em assembleia aponta necessidade de continuidade do processo de mobilização

A luta é sempre necessária, mas numa situação como a que segue, ela é imprescindível. Ao que parece, em meio à força midiática hipnótica colocada a serviço dos interesses da elite rica aqui e em todo o país nos últimos anos e aos ataques às organizações sindicais de trabalhadores dos quais não escapou o SAE, não apenas a maior parte da nossa categoria, mas a grande maioria dos servidores públicos distritais e do país não se deu conta disso.

É o que se faz perceber nas assembléias convocadas por sindicatos de servidores públicos no DF e no país. Nossas assembléias também vêm mostrando isso, embora já se perceba que grande parte da categoria começa ter clareza das ameaças agora mais visíveis. Logo, com todo o respeito à liberdade de opinião e de expressão das pessoas, inclusive daqueles que aderiram de maneira desavisada à retomada da política neoliberal do “estado mínimo” por vias não eleitorais, é ora de acordar.

Nesse sentido, nossa direção e as direções sindicais do DF e do Brasil estão agora num árduo trabalho de recuperação da mobilização contra o preço do golpe parlamentar de 2016, que não foi aplicado contra esse ou aquele partido político, essa ou aquela liderança, mas sim, em desfavor dos interesses e direitos dos trabalhadores do setor público e do setor privado em favor da elite econômica e financeira do país.

Aqui no DF, restringindo-nos a uma das nossas pautas locais, em lugar de cumprir as leis 5.106/2013 (reestruturação da carreira), 840/2011 (RJU) e 5.499/2015 (Plano Distrital de Educação – PDE), Rollemberg vem promovendo o aniquilamento da nossa remuneração. Desde o início de seu governo não reajustou (o que não é aumento real) sequer em 1% a nossa remuneração, enquanto tudo subiu de preço, senão vejamos:

A partir do início do seu governo, Rollemberg vem promovendo a nossa ruína salarial. Deste a implantação da segunda fase da reestruturação da nossa carreira, o poder de compra da nossa remuneração caiu mais de 20%, ou seja, nossa remuneração hoje vale 1/5 (um quinto) do que valia desde então. Isso significa que, na mesma proporção que os preços de bens e serviços que consumimos aumentaram, nossa remuneração perdeu poder aquisitivo desses bens e serviços.

Importante ressaltar que, no caso das receitas do governo, estas não diminuíram de valor no mesmo período. Isso porque, quando o tributo é cobrado, o percentual é aplicado em cima do preço atual do bem o do serviço. Ou seja, a receita é sempre corrigida, o que não ocorre com a nossa remuneração.

Ademais, caso o governador aplicasse 20% de reajuste em nossa remuneração, isso somente seria capaz de corrigir a corrosão inflacionária do período. Não seria, portanto, aumento real, o que somente ocorre quando a concessão supera a inflação.

A inclusão da Meta 17 do Plano Distrital de Educação – PDE na programação orçamentária e financeira do governo, conforme determina a Meta 20 do mesmo plano, resolve a questão. Para tanto, basta que o governo faça uma adequação da sua política orçamentária e o governador encaminhe ao Poder Legislativo as alterações da legislação orçamentária local atual com esse propósito. E, quando for encaminhar à CLDF o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO e o Projeto de Lei Orçamentária Anual – LOA cumpra o que determina a Meta 20 do plano.

Entretanto, avaliando o volume de presenças em nossa última assembleia, nossa direção avaliou a necessidade de continuar o processo de mobilização rumo a um movimento mais forte contar essa situação e contra os ataques aos nossos direitos trabalhistas e previdenciários que vêm sendo desferidos pelos golpistas.

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