Servidores do DF se mobilizam contra aumento nas mensalidades do GDF Saúde e mudança na cobrança de dependentes

Na manhã da última sexta-feira (25), representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas do Distrito Federal (SAE-DF), juntamente com outros sindicatos, se reuniram em um encontro organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A discussão central do evento foi o recente reajuste nas mensalidades do GDF Saúde, programa gerido pelo Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (INAS). A reunião contou com a presença do deputado distrital Gabriel Magno, do PT.

Durante a reunião, um dos tópicos destacados foi a exigência da nomeação de um conselho no INAS que inclua representantes dos trabalhadores. Esta medida visa garantir transparência nas decisões que afetam diretamente os servidores públicos. Para fortalecer esse pedido e dialogar sobre outras pautas de interesse dos trabalhadores, foi acordada a formação de uma comissão composta por integrantes da CUT e de outros sindicatos. Essa comissão buscará um encontro formal com a presidente do INAS para discutir esses assuntos de maneira construtiva e representativa.

O descontentamento dos servidores se originou a partir do anúncio feito pelo INAS em 15 de agosto, no qual foi comunicado um aumento de 22,5% nas mensalidades do plano de saúde GDF Saúde. Este aumento, que não foi objeto de negociação com os representantes dos trabalhadores, pegou a categoria de surpresa, especialmente por não ter sido acompanhado da apresentação de uma planilha de custos que justificasse tal decisão.

O impacto financeiro é significativo e preocupante para muitos servidores, pois em diversos casos, o aumento ultrapassa a marca dos 100%, colocando em risco o equilíbrio orçamentário de muitos profissionais e comprometendo o caráter de proteção social que o Instituto deveria proporcionar. Além do aumento nas mensalidades, o INAS também surpreendeu ao anunciar uma alteração na forma de cobrança dos dependentes incluídos no plano.

Um dos aspectos que mais chamou a atenção e gerou indignação foi a mudança na cobrança por faixas de idade para dependentes, conforme estabelecido pela portaria nº 102 do INAS. Antes, o valor era fixo, com valores de R$200 ou R$300 por dependente ativo, e R$400 por dependente aposentado. No entanto, com a nova portaria, os valores passaram a ser escalonados por idade: R$230 para beneficiários dependentes de até 25 anos, R$360 para a faixa etária entre 25 e 58 anos, e R$490 para dependentes a partir de 59 anos.

Diante dessas mudanças abruptas e que impactam diretamente na qualidade de vida e no planejamento financeiro dos servidores, os sindicatos e a CUT se uniram para tomar medidas efetivas. Na próxima terça-feira (29), está programada uma ação coletiva na qual os servidores do Distrito Federal são convocados a comparecer ao plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O deputado Gabriel Magno apresentará um projeto de decreto legislativo (PDL) visando a suspensão da portaria nº 102 do INAS, que estabelece as novas faixas de cobrança para dependentes.

Para reforçar a mobilização e assegurar que as vozes dos servidores sejam ouvidas, os sindicatos estão convocando especialmente os servidores da Categoria de Políticas Públicas e Gestão Educacional (PPGE) a comparecerem ao ato. A manifestação está marcada para as 14 horas do dia 29 de agosto, em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O intuito é pressionar pela revogação da portaria e pelo restabelecimento de um diálogo transparente e colaborativo entre os servidores e as instâncias de gestão responsáveis.

O SAE-DF, a CUT e demais sindicatos reforçam o compromisso em defender os interesses dos servidores públicos do Distrito Federal, buscando sempre garantir condições justas e dignas de trabalho, bem como o acesso a serviços de saúde que não onerem de forma excessiva o orçamento da classe trabalhadora. A mobilização e a união da categoria têm se mostrado ferramentas fundamentais para enfrentar desafios como este e garantir a manutenção de direitos conquistados ao longo do tempo.

Com informações da CUT/DF.

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