“DINHEIRO TEM, O QUE FALTA É GESTÃO”

“DINHEIRO TEM, O QUE FALTA É GESTÃO

Pouca gente entendeu o que Rollemberg dizia em campanha quando se expressava assim para convencer os eleitores que o elegeram. Com a política de arrocho, corte e choque de gestão iniciada em janeiro deste ano de 2015, não há nenhuma dificuldade para a gente entender o tipo de gestão pública à qual se referia o então candidato.

Para por em marcha a gestão de que falava, dissimuladamente, agora, Rollemberg recusa-se a cumprir as leis que reestruturam as carreiras dos servidores públicos com a falácia de falta de dinheiro (veja a seguir porque “falácia”).

A recusa se dá muito mais em razão do fortalecimento da estrutura das carreiras – que as torna mais consolidadas e difíceis de reverter – do que pelos ganhos financeiros dos servidores, pois os acréscimos salariais daí decorrentes não são tão onerosos como alardeia Rollemberg. Em grande parte, esses acréscimos sequer alcançam o índice do INPC de 2014.

Soma-se a isso o fato de estarmos há mais de um ano sem reajuste dos vencimentos básicos da nossa tabela salarial. Por outro lado, as receitas tributárias do Estado são corrigidas monetariamente a cada momento em que um produto ou serviço aumenta de preço, pois, ao adquiri-lo, o consumidor paga o tributo já majorado em face da aplicação da alíquota sobre o novo preço.

Por que o argumento de falta de dinheiro não se sustenta?

Não tem nenhuma sustentação o argumento de Rollemberg (PSB) de que não pôde e não pode pagar a reestruturação da nossa carreira e de outras carreiras de servidores públicos por falta de dinheiro.

Isso é uma falácia, pois se trata de argumento falso.

Ora, a realização de despesas com o montante de recursos provenientes de taxas, impostos, contribuições e de outras fontes de receita, em grande parte, é uma questão de escolha do governo de plantão. No entanto, quando se trata de determinação legal, a despesa é obrigatória. Quando, além disso, a despesa se refere a verbas salariais, ela é prioritária. Sempre foi assim.

O fato é que Rollemberg escolheu não pagar as reestruturações de carreiras para dar prioridade a outros tipos despesas em 2016, em desfavor dos servidores públicos. Em suma: DINHEIRO TEM, O PROBLEMA É O TIPO DE GESTÃO. Simples assim!

A justeza das greves

Rollemberg (PSB) está deixando à mostra agora o que já se previa: uma gestão pública baseada na política neoliberal do “Estado Mínimo”, cujos defensores são contrários à valorização dos servidores públicos, pois defendem a exploração dos serviços públicos pelo empresariado privado.

Ou seja, dinheiro sempre teve, tem e terá, mas Rollemberg prefere empregá-lo em outro tipo de despesa.

Fica mais que evidente assim que o argumento de falta de dinheiro não se sustenta.

Por isso tudo, as greves são mais que justas.

VAMOS TODOS E TODAS À NOSSA ASSEMBLEIA, NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, DIA 4 DE NOVEMBRO, ÀS 10 HORAS, NA CÂMARA LEGISLATIVA.

À LUTA!

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