Governador responde à pressão da CUT

O presidente da CUT-DF, José Eudes, e a deputada federal Érika Kokai (PT) dialogam com o governador AgneloDois problemas se destacam no Distrito Federal: o aumento da concentração de terra e da violência contra a mulher. Inseridos pela CUT-DF na pauta de reivindicação que compõe o Dia Nacional de Mobilização, os pontos terão agora atenção especial do governo do DF. Em reunião com a CUT-DF e movimento de trabalhadores rurais, o governador Agnelo Queiroz se comprometeu a criar alguns mecanismos e políticas que diminuam substancialmente os pontos abordados.

Segundo Agnelo, em até 30 dias serão apresentadas respostas às reivindicações dos movimentos sociais ligados à questão do campo. O governador também concordou com a criação de um Fórum Permanente de Negociação sobre a reforma agrária e demais questões fundiárias no DF, com a participação de membros do governo, da CUT e do movimento de trabalhadores rurais. “Não queremos fazer um governo com a cultura da direita. Isso vocês podem ter certeza”, disse. Entre os principais pontos reivindicados pelo movimento de trabalhadores rurais está a concessão da discriminatória administrativa para as terras do DF, a criação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e a articulação e integração das políticas públicas para o DF e entorno.

O governador do DF também se dispôs, nos próximos dias, a criar um espaço de diálogo permanente com o movimento de mulheres para construir políticas que dêem condições de combater efetivamente a violência contra a mulher. “Nossa campanha ‘Violência contra a mulher: digo não!’ já começa a ganhar corpo de imediato”, avalia a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT-DF, Graça Sousa.

Um dos pontos mais polêmicos do encontro foi a reivindicação do movimento de trabalhadores rurais de criação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário. De acordo com o grupo, é essencial a existência do organismo para que os demais pontos de luta, como a diminuição da concentração de terra, avance. Entretanto, para o governador, a simples forma de organização não é suficiente para colocar um fim aos problemas rurais. “Nós não podemos nos enganar e achar que a estrutura vai mudar isso (os problemas rurais)”, afirmou.

Para o movimento de trabalhadores rurais a questão da criação da secretaria é também “política”. O grupo avalia que o órgão tornaria mais ágil e descentralizada as maneiras de solucionar os problemas fundiários. “Esse governo tem compromisso com os trabalhadores e disso nós não iremos abrir mão”, disse Agnelo Queiroz. O ponto continuará sendo debatido no Fórum Permanente de Negociação.

“A CUT-DF está empenhada na solução desses problemas. Esta foi apenas uma das inúmeras reuniões que ainda teremos com o governo para, de fato, conseguirmos reconstruir um DF que sofreu durante 12 anos danos de governos de direita”, avalia o presidente da CUT-DF, José Eudes Costa.

 

Da Secretaria de Comunicação da CUT-DF

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