REUNIÃO ENTRE SAE-DF E MONITORES DESTACA A NECESSIDADE DE MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Na tarde de quarta-feira, 10 de maio, ocorreu um encontro significativo entre o Sindicato dos Trabalhadores das Escolas Públicas do Distrito Federal (SAE/DF) e a Associação de Monitores de Gestão Educacional do Distrito Federal (AMO-DF). O objetivo da reunião foi estabelecer uma pauta unificada para melhorar as condições de trabalho, valorizar as posições ocupadas pelos membros e garantir uma Educação Especial e Inclusiva de qualidade.

A reunião contou com a presença de importantes membros das duas organizações, incluindo o Presidente da AMO, Dhiego Santana; a Vice-Presidente Lilian Ornelas; a Diretora Financeira, Vera Lúcia Carneiro; o Diretor de Relações Institucionais, Victor Hugo de Borba; e os convidados Camila, Patrícia, Welton e Alessandro, que fazem parte da Comissão dos Aprovados e já empossados.

O grupo ressaltou a importância do trabalho dos Monitores de Gestão Educacional da Carreira Assistência à Educação, que trabalham nas unidades escolares da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. Esses profissionais desempenham um papel crucial no auxílio a alunos com deficiências de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. No entanto, eles enfrentam desafios significativos em seu trabalho, muitos dos quais podem colocar em risco sua saúde física e mental.

O secretário geral do SAE-DF, Denivaldo Alves, declarou que “é vital reconhecer a importância desses profissionais e buscar constantemente formas de melhorar as condições de trabalho e a valorização de seus cargos”.

O presidente da AMO-DF, Dhiego Santana, expressou que “os monitores desempenham um papel fundamental na educação inclusiva. É nosso dever garantir que eles tenham as condições necessárias para desempenhar seu trabalho da melhor maneira possível”.

Victor Hugo fez suas considerações sobre a reunião: “Estamos aqui para unir forças e garantir que a voz dos monitores seja ouvida. As questões que estamos trazendo à tona hoje refletem a realidade vivida por esses profissionais todos os dias nas escolas. É nossa responsabilidade coletiva garantir que os desafios sejam enfrentados e que a educação inclusiva seja uma realidade em nosso Distrito Federal.”

Camila e Patrícia, por sua vez, defenderam que “as atribuições de um cargo devem ser permanentes, e não transitórias”, ressaltando a falta de padronização e compreensão legal tanto por parte da própria secretaria quanto das regionais de ensino e das escolas. Essa situação evidencia a necessidade de maior clareza e consistência na definição das responsabilidades desses profissionais.

Alessandro, membro da comissão, destacou a importância de considerar a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Eles afirmaram que “o aumento da carga horária de 30 para 40 horas semanais deve estar vinculado a um impacto público significativo e é importante ressaltar que já existe uma verba provisionada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para essa finalidade”.

Welton também teve a oportunidade de expressar sua perspectiva, enfatizando o compromisso necessário para exercer o papel de monitor. Ele destacou que “a vocação é um elemento essencial para esses profissionais. O trabalho de um monitor vai além de uma mera ocupação – é uma nobre missão de promover a inclusão social e garantir que todos os estudantes, independentemente de suas habilidades, possam ter acesso à educação de qualidade”.

Os participantes da reunião reivindicaram várias melhorias, incluindo: isonomia dentro do remanejamento do quadro, com o monitor tendo preferência de turno sobre o educador social; clareza nas atribuições dos monitores através de uma Lei regimental e não de portarias; proteção contra desvio de função, especialmente para monitores em estágio probatório; e melhores condições de trabalho, incluindo a especificação do peso que um trabalhador pode carregar, de acordo com as normas da CLT e da OIT.

Além disso, o grupo denunciou que os monitores estão sendo substituídos por educadores sociais sem justificativa adequada, uma situação que precisa ser prontamente resolvida.

Outro objetivo expresso durante o encontro foi a união de forças entre o sindicato e a associação para alcançar a reestruturação da carreira dos profissionais de educação. Atualmente, essa reestruturação está em andamento, com a declaração de impacto financeiro já aprovada. Esta união de esforços é vista como um passo crucial para garantir a valorização adequada desses profissionais e para assegurar a efetiva implementação das mudanças que estão em curso.

Ainda assim, o encontro resultou em um desenvolvimento promissor: o acordo para a criação de um Grupo de Trabalho (GT), o qual contará com o apoio jurídico do SAE-DF para a elaboração da pauta. Este GT será responsável por preparar a pauta reivindicatória que será levada à Subsecretaria de Gestão de Pessoas (SUGEP) da Secretaria de Estado de Educação (SEEDF). Esse passo é um avanço significativo na busca por melhores condições de trabalho e educação inclusiva de qualidade.

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