Trabalhadores rechaçam projeto de OS na Saúde do DF

Trabalhadores, sindicalistas e deputados distritais comprometidos com a sociedade, criticaram a tentativa de privatizar a Saúde pública do DF através de Organizações Sociais (OSs). O repúdio foi feito durante reunião de comissão geral na Câmara Legislativa, nessa quinta-feira (5/5). Este é o quarto debate que a Casa promove sobre o assunto.
De acordo com representantes de sindicatos dos trabalhadores em Saúde do DF, o projeto defendido pelo GDF gera prejuízos incalculáveis, como o fim de concursos públicos, terceirização indiscriminada, perda da qualidade do serviço oferecido, precarização do trabalho, perdas salariais, entre outros.
“Estamos aqui hoje para mostrar como este projeto é ruim para a classe trabalhadora. O GDF afirma não ter dinheiro para investir em Saúde, mas quer gastar o dinheiro público com OSs. Isso é um absurdo”, disse um sindicalista.
Desde 2015, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, articula introduzir o modelo de gestão compartilhada em Brasília. Entretanto, tem sofrido inúmeras queixas sobre a proposta de privatização.
Numa tentativa de barrar as OSs, o distrital Ricardo Vale (PT) protocolou recentemente na CLDF o Projeto de Lei Orgânica número 43/2016. Para o deputado, o sistema de Saúde pública precisa de melhorias, e privatizar não é a melhor alternativa. O projeto tramita na Câmara Legislativa e, caso aprovado, poderá impedir os avanços da privatização na Saúde do DF.
No Distrito Federal, o modelo de gestão por meio de OS pode ser encontrado em alguns hospitais. É o caso do Hospital da Criança, gerido pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (ICIPE), e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que é de responsabilidade da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Fonte: CUT Brasília