A pouco mais de seis meses para sua realização, as eleições 2022 têm demandado atenção especial da CUT-DF e suas entidades filiadas. Nos últimos dias, os coletivos CUTistas se reuniram para debater e apresentar propostas à construção da Plataforma da Central ao pleito deste ano.
A ideia é reunir as principais demandas das trabalhadoras e dos trabalhadores do Distrito Federal, levando em consideração suas especificidades por segmento, ─ além dos anseios coletivos ─ e apresentá-las às candidatas e candidatos progressistas à Câmara Legislativa e ao Governo do DF, além de dar ampla divulgação, como ocorreu nas eleições de 2018.
Ao longo dos últimos meses, várias reuniões ocorreram e diversas propostas foram recebidas. Agora, a Direção Executiva da CUT-DF consolidará o material coletado e realizará plenária com os sindicatos filiados validar a Plataforma.
“A plataforma construída pela CUT-DF será um espelho do que a classe trabalhadora espera para a capital federal, pois reúne as reivindicações de diversas categorias por melhores condições de trabalho e por qualidade de vida”, disse a secretária de Comunicação da CUT-DF, Ana Paula Cusinato.
Prioridades
No DF, os desafios são imensos. Não bastasse os desmontes dos direitos a nível federal, as trabalhadoras e os trabalhadores da capital do país lidam ainda com a gestão do governo Ibaneis, que tem se mostrado bastante alinhado a Bolsonaro.
Um dos pontos que deve encabeçar as reivindicações da plataforma é a reestatização de empresas que foram vendidas à iniciativa privada, como é o caso da Companhia Energética de Brasília (CEB) ─ hoje, Neoenergia Brasília. A estatal foi privatizada no final de 2020 e, desde então, a população padece com o aumento significativo das contas de luz e a precarização dos serviços prestados.
Para se ter ideia, as reclamações no Procon-DF aumentaram 532%. As principais queixas são sobre a ausência de resposta e resolução de demandas, excesso de prazo, serviço não fornecido e cobrança indevida.
Vale lembrar que, em visita aos trabalhadores da CEB durante a campanha eleitoral de 2018, Ibaneis se comprometeu a não privatizar a empresa. Mas bastou ser eleito para iniciar o processo de venda da estatal, o que também resultou em prejuízos para as trabalhadoras e os trabalhadores do setor, que recentemente enfrentaram demissão em massa.
Na linha de sucateamento dos serviços públicos, Ibaneis terceirizou a saúde pública ao entregar a gestão de hospitais públicos e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nas mãos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF). Como consequência, temos uma saúde pública em colapso, em que a população pena para ter acesso ao mínimo. Nesse sentido, a valorização dos serviços públicos também deve compor a plataforma.
Direito à cidade
Outra demanda importante que integrará as reivindicações do documento é o direito à cidade, uma luta antiga dos movimentos sociais no DF. Construída inicialmente para receber servidores públicos, a capital do país afastou do centro de Brasília a população mais pobre ─ inclusive, aqueles que ajudaram a construir a cidade.
Isso gerou uma segregação territorial e espacial que só aumenta a cada dia, já que governos não fazem nada para mudar essa realidade. E, no governo Ibaneis, o contraste social e o distanciamento da classe trabalhadora da área central da capital aumentaram significativamente. Com o transporte público mais caro do Brasil, é quase inviável que o cidadão consiga se locomover das Regiões Administrativas para o centro.
E o aumento da taxa não significa melhoria na qualidade dos serviços. Em plena pandemia, o GDF não aumentou a frota dos ônibus e milhares de trabalhadoras e trabalhadores se expõe à contaminação por circular em veículos lotados e com pouca ventilação.
“Por todas essas questões, precisamos construir uma plataforma que seja plural e inclusiva, contemplando as necessidades e anseios das mais diversas categorias, da juventude, da população desempregada, daquelas e daqueles que perderam o pouco que tinham ao longo desta pandemia. Para isso, precisamos valorizar os serviços públicos e garantir que cheguem a todas e todos”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
O sindicalista destacou ainda que a miséria aumentou sensivelmente no DF e, por isso, é preciso olhar para essas pessoas e exigir que os próximos governantes garantam dignidade e cidadania ao povo.
“O povo do Distrito Federal merece um governo que olhe para toda a população. Pela facilidade territorial e pelos recursos financeiros, o DF tem condições de garantir saúde, educação, segurança, transporte, água, luz e outros serviços públicos de qualidade e amplo acesso. O que vivenciamos ao longo do governo Ibaneis foi a desconstrução de direitos. Nós somos o DF que trabalha e queremos ter direito à cidade. O governo Ibaneis não dialoga e não trabalha para a classe trabalhadora”, afirmou Rodrigues.
Fonte: CUT/DF – Leandro Gomes
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