SGE – A “DOR DE CABEÇA” DOS CHEFES DE SECRETARIA ESCOLAR

SGE – A “DOR DE CABEÇA” DOS CHEFES DE SECRETARIA ESCOLAR

SAE cobra melhores condições de trabalho e valorização dos Chefes de Secretaria Escolar

Em reunião realizada entre dirigentes do SAE-DF e a Secretária Adjunta da SE-DF, Maria Luiza, no último dia 29 de maio, foi abordada a difícil situação vivenciada pelos Chefes de Secretaria Escolar, entre outras coisas, em razão da péssima qualidade do SGE. A reunião contou com a presença da Secretária Escolar, Lucimar, dos dirigentes do SAE, Denivaldo Alves, Sônia Queiroz e Ediram Oliveira, além de vários profissionais que lidam diretamente com a situação.

A seguir, a direção do SAE esclarece pontos dessa questão e ainda os relatos e encaminhamentos tirados da reunião:

Expondo os problemas gerados pelo SGE, a Secretária Escolar Lucimar esclareceu os diversos transtornos causados pelas dificuldades desse sistema, principalmente nos momentos em que todas as escolas estão em funcionamento, quando ele simplesmente para de funcionar, inviabilizando a expedição de documentos, dificultando o atendimento aos usuários e o andamento dos trabalhos internos da Secretaria de Educação (ou secretarias). Esclareceu a secretária que, por vezes, se vê até obrigada a trabalhar aos sábados, quando o acesso ao sistema é mais fácil.

Os integrantes do governo esclareceram que os problemas decorrem do fato de que o SGE realmente não tem a capacidade e a qualidade necessárias para o desempenho satisfatório dos trabalhos das secretarias escolares. Informaram ainda que uma solução definitiva depende da superação de problemas herdados do governo anterior por conta de desdobramentos da conhecida operação “Caixa de Pandora” e que o sistema será substituído por outro com a utilização da plataforma Web. Embora esta plataforma também seja cliente – servidor, pode se beneficiar de diversos recursos possíveis de serem implementados nos protocolos de comunicação utilizados para disponibilização de conteúdo Web. Por consequência, pode diminuir ou até mesmo eliminar a lentidão apresentada pelo sistema atual. Entretanto, é importante pontuar que, muitas vezes, o problema não está no sistema, mas sim na rede de comunicação de dados. Portanto, é importante manter a atenção tanto no sistema, quanto na rede, analisar os problemas encontrados e realizar medidas corretivas que considerem a quantidade de informação a ser tratada, tanto pelo servidor do SGE, quanto pelos roteadores, switches, enfim, todos os equipamentos responsáveis pela logística dos dados.

Uma das vantagens do sistema a ser implantado em relação ao sistema SGE é que o sistema Web geralmente está publicado na Internet, o que permite o acesso pelo navegador web, a partir de qualquer máquina, diferentemente do SGE atual, que opera sem essa possibilidade, permitindo o acesso somente aos computadores ligados à rede.

Segundo o governo, o novo sistema permitirá um funcionamento rápido e abrangente da Secretaria Escolar, inclusive, de modo a permitir a adoção do diário de classe eletrônico e o lançamento de dados pelo próprio professor, por exemplo. Com essas medidas seria resolvida também a dificuldade de conectividade. Entretanto, a conclusão dos trabalhos que permitirão a solução definitiva do problema está prevista para 2014.

O SAE alerta, desde já, que é necessário haver sintonia entre os profissionais que cuidam da rede e os que irão elaborar o softwaer. Sem isso pode haver incompatibilidade entre uma coisa e outra, persistindo os problemas.

Diversos fatores podem interferir na qualidade de um serviço como o SGE e de outros sistemas. Um desses fatores é a rede de comunicação de dados, responsável por transmitir e receber toda a comunicação oriunda da operação do sistema que, dependendo da qualidade, pode afetar positiva ou negativamente o seu desempenho. O mesmo se diga em relação à velocidade dos links de comunicação que, se for baixa, por consequência, também será baixa a velocidade do sistema. A qualidade no desenvolvimento do próprio sistema é outro fator determinante da sua boa ou má operacionalização. Também é crucial para o desempenho de qualquer sistema o projeto da rede, que pode ser concebido de maneira a favorecer ou não sua performance. Por fim, dispositivos de monitoramento e segurança da informação que monitoram o fluxo de dados podem, em algumas situações, gerar gargalos de desempenho. Com o novo sistema, o que se espera é a superação definitiva dos problemas.

Geralmente, todos estes fatores são mais facilmente percebidos pelos usuários quando o sistema utiliza um método de comunicação centralizada no servidor do SGE – computador responsável por receber, processar e disponibilizar os dados do sistema. Este método é conhecido como cliente – servidor. Trata-se de uma conexão que é realizada entre cada estação de trabalho que executa o SGE e o computador servidor. No passo em que a quantidade de computadores nele conectada aumenta, sua capacidade de dar respostas em tempo hábil é diminuída, o que resulta, consequentemente, na lentidão percebida pelos usuários do sistema.

Os responsáveis técnicos do governo argumentaram também que não chegaram até eles a abertura de chamados, o que dava a entender que o programa SGE havia se estabilizado com as medidas anteriormente tomadas. Orientaram então para que os Chefes de Secretaria Escolar sempre tomem essa providência.

Diante da situação, protocolamos um documento junto ao governo cobrando medidas emergenciais destinadas a minimizar os problemas, de maneira a viabilizar melhores condições de trabalho para Chefes de Secretaria mesmo antes da mudança do sistema. Na oportunidade, o SAE-DF cobrou também a revisão dos valores das gratificações pelo exercício da função de Chefe de Secretaria Escolar, que estão muito aquém do grau de complexidade e de responsabilidade referentes às respectivas atribuições.

Diante disso, ficou acertado que serão adotadas medidas destinadas a diagnosticar e minimizar os problemas emergencialmente até que a solução definitiva aconteça.

A Secretária Adjunta da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, Maria Luiza, ratificou o apoio daquela unidade administrativa ao pleito de revisão dos valores das gratificações pagas pelo exercício da função de Chefe de Secretaria Escolar.

A direção do SAE continuará defendendo, na mesa de negociação, medidas voltadas para a melhoria das condições de trabalho e pela valorização da função de Chefe de Secretaria Escolar, imprescindível no âmbito de qualquer comunidade escolar, esperando também que os problemas sejam corrigidos ou solucionados em tempo mais hábil.

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