EM LIVE DA SERVIR BRASIL, SAE DF MANTÉM MOBILIZAÇÃO DOS FILIADOS CONTRA A PEC 32

A Frente Servir Brasil está reforçando a mobilização dos servidores públicos para impedir que a reforma administrativa seja levada ao plenário da Câmara dos Deputados. Para isso, preparou uma cartilha com os pontos mais importantes a serem combatidos e convocou sindicatos e outras representações a manterem a agenda de protestos e pressão sobre os parlamentares, para sensibilizá-los e derrotar a PEC 32. O novo chamado foi feito na manhã desta segunda-feira (27/09), em live realizada pelo deputado federal Professor Israel Batista, presidente do colegiado de parlamentares. O Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas (SAE DF) participou da transmissão ao vivo e garantiu que manterá sua base unida e atuante contra a proposta.

“Nós temos de estar no aeroporto e constranger os parlamentares, dizer a eles que estão tirando os direitos dos trabalhadores”, afirmou Denivaldo Alves do Nascimento, secretário-geral do sindicato. “Isso vem desde lá atrás, quando aprovaram a reforma da previdência e outras leis. Agora, consagram com essa PEC 32, que é a granada do Paulo Guedes no bolso do servidor que vai explodir de vez. Vai retirar direitos e garantias frutos de anos de luta”. Em defesa dos profissionais da assistência, o SAE DF participa de todas as mobilizações e protestos contra a reforma administrativa desde o início da tramitação da proposta.

Israel Batista afirmou que o objetivo da mobilização é impedir a votação da emenda. “A chance de avançar é grande e os profissionais da educação podem nos ajudar”, destacou. A cartilha preparada pela Frente Servir Brasil, informou, traz os pontos e argumentos para a abordagem dos parlamentares, “Precisamos virar o voto de partidos que votam com o governo. Nossa intenção não é derrotar no plenário, é impedir que seja sequer votada”.

Segundo ele, o governo só levará a PEC 32 a plenário se conseguir amealhar os votos necessários – mais de 308. “Nossa vitória será o presidente Arthur Lira perceber que não tem votos e desistir da votação”, avisou. Batista revelou que o presidente da Câmara dos Deputados está atuando intensivamente para amealhar os votos necessários, de que o governo ainda não dispõe. “E momento de os mais de 11 milhões de servidores públicos no país lutar pelo espaço que conquistaram na sociedade”, convocou.

A articulação proposta pelo parlamentar prevê esforços para impedir a votação pelas próximas três semanas. Se não conseguir, a oposição à PEC 32 tentará alterar o texto por meio da apresentação de destaques. “Não é a melhor solução, pois esse texto é muito ruim e os destaques não serão suficientes para conter os danos ao serviço público”.

União das categorias – O presidente da Servir Brasil apresentou o cenário em torno da reforma administrativa, destacando que ainda é possível derrotar a proposta. Segundo ele, a emenda constitucional foi aprovada pela comissão, especial dias atrás, apenas depois de o governo federal substituir parlamentares de sua base no colegiado. “Foram apenas três votos de vantagem na comissão, uma vitória muito apertada”, comentou Israel Batista. “Foi aprovado de forma artificial. A comissão não representa o pensamento médio do plenário e dos deputados. O governo aprovou usando uma armação”, acrescentou.

O deputado explicou que foram apresentados sete substitutivos à reforma: a proposta aprovada pela comissão especial, disse, é a versão mais “rígida, agressiva e prejudicial ao serviço público”. Ele alertou para a importância de combater a proposta. “Além dos prejuízos óbvios, existem outros como minas terrestres, nós não enxergamos agora, mas vai surtir efeitos futuros. É uma armadilha, pois o debate está prejudicado e os trabalhadores não estão podendo se mobilizar como necessário”, comentou.

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