UNIDO, MOVIMENTO SINDICAL DECIDE QUE SERVIDOR SÓ RETOMA ATIVIDADE PRESENCIAL DEPOIS DA VACINA

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Distrito Federal (SAE DF) decidiu, junto com outras entidades representativas do funcionalismo público do Distrito Federal, pleitear junto ao Governo do Distrito Federal (GDF) que as atividades presenciais sejam retomadas pelos servidores apenas 15 dias depois da imunização completa contra a Covid-19. As entidades defendem a revogação do Decreto 42.253, com que o GDF determina o retorno imediato ao trabalho de servidores. A decisão foi tomada em reunião virtual realizada pela regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no DF na quarta-feira (07/07).

“Nós não podemos pagar com mais vidas a irresponsabilidade do governo federal na pandemia”, afirma Ediram José Silva, secretário de Formação Sindical e Qualificação Profissional do SAE DF, que representou o sindicato no encontro. “O SAE DF tem alertado para isso e está mobilizado para proteger a saúde dos seus filiados. Essa é uma luta de todo o movimento sindical, que está unido em torno dessa pauta”.

As entidades também vão pleitear a garantia de condições sanitárias seguras para o expediente presencial e que o trabalho remoto seja mantido sem a redução de salários. O SAE DF, assim como os demais sindicatos, está preocupado com o avanço lento e desorganizado da vacinação. Muitos profissionais, imunizados com vacina de duas doses, ainda não receberam a segunda imunização. Também preocupa a aglomeração nos ambientes de trabalho, já que a pandemia ainda não está controlada e há risco de contágio por mutações do novo coronavírus.

Os sindicatos enviarão um documento ao GDF alertando quanto aos perigos do retorno presencial sem planejamento e solicitando audiência para debater o tema. Além disso, a discussão será levada à Câmara Legislativa do DF (CLDF) para que os parlamentares se posicionem sobre o decreto.

“As servidoras e os servidores públicos não podem retornar ao trabalho presencial sem que todas e todos estejam imunizados e sem que haja condições dignas de trabalho para exercer as atividades presenciais. Isso colocaria em risco toda a população. O GDF precisa entender que o cuidado com o povo não acaba com a vacinação”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

O decreto, publicado em 1º de julho, alcança servidores concursados, empregados, estagiários e colaboradores em regime de teletrabalho nos órgãos da administração direta, indireta, autárquica e fundacional do DF.

Além do SAE DF, participaram do encontro a CUT-DF, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF); o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no DF (Sinarq-DF); Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran-DF); Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mita do DF (Sindser-DF);  Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) e o Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindireta).

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