EM PLENÁRIA, SAE DF DISCUTE PAUTA PARA CONAPE 2022 E DEFENDE AVANÇOS NA VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ASSISTÊNCIA

O Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAEDF) realizou plenária virtual para preparar sua posição para a II Conferência Nacional Popular De Educação (Conape), que será realizada no primeiro semestre de 2022. O debate, que mobilizou dirigentes e filiados, construiu uma reflexão sobre a necessidade de fortalecer as conquistas da categoria e buscar as bases para um futuro sem retrocessos: fomento à saúde; valorização e qualificação continuada do profissional da assistência à educação devem ser prioridade entre as demandas da categoria.

“São sete anos sem reajuste da carreira de assistência a educação, as despesas subindo e a remuneração parada. Nossa luta não para e a PEC 32 é uma ameaça muito grande a todas as nossas conquistas”, afirmou o secretário de Formação Sindical e Qualificação Profissional, Ediram José Silva, coordenador do evento. “Temos de seguir lutando pela organização em carreiras e pela valorização do profissional da educação. A condição de saúde do trabalhador é um tema que merece ser discutido e reforçar a luta”, acrescentou.

Realizada pela internet na manhã da quarta-feira (06/10), a plenária do SAE DF recebeu como palestrante o professor João Antônio Cabral de Monlevade. Ao abordar o tema “Valorização dos/as profissionais da educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde”, o especialista traçou um amplo panorama sobre conquistas e desafios da carreira, defendendo uma mobilização continuada em defesa da valorização do profissional da assistência e sua capacitação em cursos superiores. Este é o mais importante mecanismo para combater a terceirização.

“O mais importante da escola são os estudantes, se o estudante não aprender não houve educação, não houve ensino”, afirmou Monlevade. “O papel dos funcionários é importante, o funcionário faz parte da educação. Os profissionais da assistência devem buscar formação superior”. Segundo ele, a reforma do ensino médio trouxe muitos aspectos negativos, mas tem uma coisa muito positiva: estabeleceu a autonomia das escolas de ensino médio para oferecerem cursos profissionais para nível médio. “É importante buscar cursos técnicos para a carreira assistência. Os funcionários têm de estar de cabeça erguida e se sentir educadores, em pé de igualdade com seus colegas educadores e gestores”, disse o especialista.

Consultor do Ministério da Educação e coordenador nacional do Programa de Formação dos Servidores das Escolas (Profuncionário), João Monlevade é um dos maiores defensores da formação dos servidores não docentes das escolas, bandeira histórica do SAE DF. Ele é sociólogo, filósofo, mestre em administração escolar, doutor em educação pela Unicamp, atuou como professor nos níveis fundamental e médio, como professor da Universidade Federal de Mato Grosso. Monlevade também foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso e membro do Conselho Nacional de Educação.

Dirigentes do SAE DF reafirmaram o compromisso na luta contra a perda de direitos do servidor público, traduzidas na PEC 32 e a terceirização, por exemplo. “Estamos aqui com o objetivo de acompanhar o calendário da conferência, cujo papel é mobilizar todos os segmentos da educação em defesa do Estado de Direito. Vamos discutir os direitos da categoria e como preservá-los”, avisou Denivaldo Alves Nascimento, secretário-geral do sindicato.

Nascimento destacou que a mobilização contra a PEC continua e que as representações seguem pressionando os parlamentares para impedir a aprovação da emenda. “Temos dito que quem votar pela PEC não volta em 2022. Precisamos estar presentes para pressionar e estamos convocando todas as entidades e categorias. O governo tem maioria, mas buscamos derrubar votos”, afirmou o secretário-geral.

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