Sérgio Nobre: agenda deve ser bandeira e instrumento de luta dos trabalhadores

Escrito por: Vanilda Oliveira/CUT

“As agendas que estamos entregando ao Congresso Nacional e ao Judiciário são fruto da unidade do movimento sindical, do trabalho conjunto das centrais sindicais, e devem servir como bandeira, guia e instrumento de luta de toda a classe trabalhadora para o próximo período”. Dessa forma, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, definiu o objetivo das Agendas das Centrais Sindicais para o Legislativo e o Judiciário, que serão entregues, nesta terça-feira (12), em Brasília, aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheto (PSD-MG) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira, em audiências presenciais com os sindicalistas.

Sérgio Nobre e os presidentes da Força Sindical, UGT, CTB,  CSB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta, CSP-Conlutas e Pública Central do Servidor estão em Brasília desde segunda-feira (11). Eles  participaram de audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos  (CDH) do Senado,  na qual falaram da importância da unidade, das agendas e também da Pauta da Classe Trabalhadora, aprovada na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), no último dia 7, em evento realizado em São Paulo para 500 dirigentes sindicais.

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Ao destacar que, desde o golpe de 2016, a classe trabalhadora enfrenta precarização do trabalho e um desmonte sem precedentes dos direitos, Sérgio Nobre afirmou que “construímos toda uma agenda de lutas que precisamos implementar em todo o país, nesses meses que nos levam até outubro; sabemos o que está em jogo e temos clareza de que as eleições deste ano vão definir como será o país para os próximos 10, 20 anos. E não é este país do desemprego, da fome, da miséria, da mentira, do negacionismo, do ódio, das milícias, das privatizações, ou seja, desse governo que está aí, que queremos”.

Segundo Sérgio Nobre, as agendas unitárias das centrais sindicais para o Legislativo e Judiciário têm o objetivo de chamar a atenção da classe trabalhadora, “porque precisamos fazer o embate nas ruas, ganhar a opinião pública para o Brasil que a gente quer construir”.  “E, para isso, os trabalhadores e as trabalhadoras têm que ter consciência que somente na luta e com solidariedade conseguiremos garantir essa construção”.

Sergio Nobre disse ainda que é preciso lutar para reverter esse processo de precarização que tem sido feito nas relações de trabalho e no sistema de contratação. “Hoje, um terço do nosso povo ou está desempregado ou no desalento  –  o que é trágico, porque são pessoas que perderam a esperança e nem procuram mais emprego -,  ou tem um tipo de trabalho que mal dá para sustentar a família, isso não pode continuar assim”.

Nenhuma nação do mundo, afirmou o presidente nacional da CUT, conseguiu alto grau de desenvolvimento sem ter uma classe trabalhadora organizada e portadora de direitos. E o que geram empregos são crescimento e investimento no país, em especial o investimento público.

Nesse sentido, a “unidade das centrais é decisiva para a classe trabalhadora, principalmente neste momento tão difícil, e foi essa unidade que garantiu a construção das agendas coletivas em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras”

Fonte: CUT

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