CÂMARA MANTÉM VETO DE BOLSONARO A REAJUSTE DE SERVIDORES

A Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro ao aumento de servidores públicos até o final de 2021. A decisão do Senado, que derrubava o congelamento salarial de parte do setor público, foi revertida após articulação do Planalto com sua base, especialmente o centrão. O Senado manteve brecha para o reajuste de salários de servidores de algumas áreas, como professores, policiais, assistentes sociais, profissionais de saúde e do serviço funerário e demais trabalhadores que estão na linha frente de combate à covid-19.

Para que um veto presidencial seja derrubado é preciso que as duas Casas cheguem ao mesmo resultado em suas votações, por maioria simples.

Contrapartida

A suspensão de reajustes do funcionalismo até 2021 foi exigida pelo governo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos estados e municípios em razão da pandemia de covid-19. Desse total, R$ 60 bilhões são em dinheiro novo e o restante na forma de adiamento de dívidas com a União.

Ao aprovar o pacote de ajuda a estados e municípios, disciplinado na Lei Complementar 173/20, o Congresso inicialmente autorizou governos locais a reajustar salários de funcionários da saúde e da segurança pública que trabalham na linha de frente do enfrentamento à covid-19. Esse dispositivo foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

O trecho vetado também liberava a possibilidade de reajustes para algumas categorias de outras áreas, como profissionais de assistência social e de educação pública, desde que estejam diretamente envolvidos no combate à pandemia.

O dispositivo vetado proíbe o uso dos recursos transferidos pela União na lei de socorro aos estados e municípios “para concessão de aumento de remuneração de pessoal”.

A manutenção do veto provocou imediata reação dos parlamentares da oposição, como Sâmia Bonfim, líder do Psol na Câmara. “Pelo empenho, perdem direitos”, escreveu a deputada, ao referir-se ao trabalho de diversas categorias de servidores durante a pandemia.

 

Fonte: CUT

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